Eletrônica e Informática

Mais da metade das indústrias do setor eletroeletrônico tem dificuldades para adquirir componentes

A maior parte das indústrias brasileiras do setor eletroeletrônico (52%) relata dificuldades decorrentes da falta de componentes eletrônicos, principalmente de semicondutores e sua alta de preços, de acordo com Sondagem Conjuntural do Setor Elétrico e Eletrônico, realizada pela Abinee em fevereiro. O resultado ficou bem próximo ao verificado na sondagem de janeiro deste ano (53%) e 10 pontos percentuais abaixo do apontado em dezembro de 2021 (62%). Este foi o menor percentual desde setembro de 2020.

No momento as dificuldades estão mais concentradas na aquisição de componentes eletrônicos, visto que o abastecimento das demais matérias-primas vem se normalizando nos últimos meses.

Entre os insumos em falta no mercado, destacam-se os componentes eletrônicos provenientes da Ásia, relatados por 73% das empresas que estão com dificuldades na aquisição de insumos, seguidos dos componentes eletrônicos provenientes de outras origens (63%). Neste último caso, houve incremento de 19 pontos percentuais ao comparar com a sondagem anterior (44%).

Houve redução nas indicações de dificuldades na aquisição das outras matérias-primas, tais como papelão, aço, materiais plásticos, entre outros, que passaram de 23% na pesquisa de janeiro para 10% na sondagem de fevereiro. Essas indicações ultrapassavam 50% no início do ano passado. Porém, 72% das empresas pesquisadas continuam sentindo pressões acima do normal nos custos de componentes e matérias-primas.

A falta de componentes eletrônicos no mercado está trazendo algumas dificuldades para as empresas do setor, tais como atraso na produção e na entrega, citado por 37% das entrevistadas e até mesmo paralisação parcial da produção, relatada por 7% das pesquisadas.

Desde fevereiro de 2021, quando essa questão foi inserida na sondagem, nenhuma empresa informou paralisação total da produção devido à falta de componentes eletrônicos.

SEMICONDUTORES – Especificamente no caso de semicondutores, 68% das entrevistadas que utilizam esses componentes na sua produção relataram as dificuldades na aquisição destes itens no mercado. O desequilíbrio no abastecimento de semicondutores já vem ocorrendo desde o início da pandemia.

A Sondagem também indica que 55% das empresas pesquisadas apontam crescimento nas vendas/encomendas em relação ao igual período de 2021. Este percentual foi igual ao observado na pesquisa realizada em janeiro de 2022 ao comparar com janeiro do ano passado. Em relação ao mês imediatamente anterior, 50% das entrevistadas indicaram crescimento das vendas. Neste caso, o percentual foi superior aos 45% verificados na pesquisa de janeiro.

Porém, houve elevação de 36% para 43% no total de entrevistadas que registraram negócios abaixo do esperado. Esse indicador apontou o terceiro aumento consecutivo, lembrando que há três meses, ou seja, em novembro do ano passado, apenas 19% das entrevistadas haviam dado essa indicação.

Com isso, observa-se que o número de empresas que tiveram negócios aquém do esperado (43%) foi superior às indicações de negócios conforme as expectativas (41%). Isso não acontecia desde o 2º trimestre de 2020, período em que a atividade foi mais afetada pela pandemia.

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