Mercado de impressoras fecha 2017 com crescimento de 21%
Em queda desde 2013, o mercado brasileiro de impressão reagiu e fechou 2017 com um crescimento de 21%. Ano passado foram comercializados 2,183 milhões equipamentos, contra 1,8 milhão de máquinas vendidas em 2016. Do volume de vendas em 2017, 1,7 milhão foi de equipamentos jato de tinta e 478 mil foram de modelos a laser, com 23% e 17% de crescimento, respectivamente. Os dados fazem parte do estudo IDC Quarterly Hardcopy Printer Tracker Q4 2017 realizado pela IDC Brasil. Em receita, o mercado brasileiro de impressão cresceu 13% em relação a 2016, contabilizando pouco mais de US$632 milhões, sendo US$266 milhões em vendas de equipamentos à tinta e US$366 milhões em vendas de máquinas a laser.
“O aumento de 21% em vendas e o crescimento de 13% em receita foram realmente atípicos, pois projetávamos vendas 17% menores do que em 2016”, lembra Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil. Mas, segundo ele, a reação da economia de forma geral e as ofertas diferenciadas dos fabricantes coincidiram com a necessidade do consumidor de atualizar seus equipamentos e provocaram o crescimento bem acima de qualquer projeção otimista. “Muitos consumidores domésticos, profissionais liberais e empresas estavam trabalhando com equipamentos defasados e adiando a troca desde 2016. Ano passado, com a volta da confiança na economia, produtos mais baratos e pacotes promocionais, o consumidor aproveitou para comprar máquinas novas”, analisa Sakis.
É nesse contexto que se explica o crescimento de mais de 100% em vendas de equipamentos tanques de tinta. “O movimento de adoção de máquinas com essa nova tecnologia já vinha ocorrendo e foi acelerado em 2017. Apesar de o investimento inicial ser um pouco maior para o consumidor final, o custo de impressão dos modelos tanque de tinta é muito menor quando comparado aos preços dos cartuchos originais. Além disso, esse tipo de máquina permite carregar quantidades menores de tinta, evitando o ressecamento e a perda de um cartucho”, explica Sakis.
2018 – Apesar do movimento positivo em 2017, a projeção da IDC para o mercado de impressão em 2018 é bastante conservadora. “Se houver crescimento será bem tímido, pois as reposições e atualizações já foram feitas e não temos perspectivas de uma grande quantidade de novos usuários. Naturalmente, sempre teremos consumidores comprando o primeiro computador e a primeira impressora, mas nada que leve a um volume de vendas surpreendente como foi em 2017”, conclui o analista.