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Mercado de robôs industriais registra novo crescimento em 2017

Em 2017, 381mil unidades de robôs foram comercializadas globalmente, um recorde segundo mostra estudo divulgado pela IFR-International Federation of Robotics. Em relação ao ano anterior, o crescimento foi de 30%. Isso significa que o volume de vendas anuais de robôs industriais aumentou 114% nos últimos cinco anos (de 2013 a 2017). O valor das vendas aumentou 21% em relação a 2016, para um novo pico de US$ 16,2 bilhões em 2017.

Apesar do crescimento das vendas globais, no Brasil houve queda. Em 2016, foram comercializadas 1.207 unidades e, em 2017, foram 961. A IFR projeta vendas de 900 unidades anuais em 2018 e 2019. Em 2020, as vendas no mercado brasileiro devem chegar a 1.000 unidades e, em 2021, a 1.200 unidades.

“Os robôs industriais são uma parte crucial para o progresso da indústria manufatureira”, afirma Junji Tsuda, presidente da IFR.
“Robôs desenvolvem com várias tecnologias de ponta. Elas são reconhecimento visual, aprendizagem de habilidades, previsão de falhas utilizando inteligência artificial, novo conceito de colaboração homem-máquina, além da fácil programação e assim por diante. Elas irão ajudar a melhorar a produtividade da manufatura e ampliar o campo de aplicação dos robôs. A previsão da IFR mostra que em 2021 a número de robôs fornecido às fábricas chegará a cerca de 630 mil unidades.”

Há cinco grandes mercados que representam 73% do total de vendas em 2017: China, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Alemanha. A China ampliou significativamente sua posição de liderança com a forte demanda e participação de mercado de 36% do total fornecido ao mercado global em 2017. Com vendas de 138 mil robôs industriais (crescimento de 59% de 2016 para 2017), o volume de vendas na China foi maior que o total das vendas combinadas de Europa e Estados Unidos (112,4 mil unidades). Fornecedores de robôs do exterior aumentaram suas vendas em 72% para 103,2 mil unidades, incluindo os robôs produzidos na China por fornecedores do exterior. Foi a primeira vez que fornecedores de robôs do exterior obtiveram um índice de crescimento superior ao dos fabricantes locais. A participação de fornecedores chineses caiu de 31% em 2016 para 25% em 2017.

Os fabricantes do Japão forneceram 56% do volume comercializado em 2017. Isso faz com o Japão seja o líder mundial na fabricação de robôs industriais. A taxa de exportação cresceu 45% de 2016 para 2017. Estados Unidos, China, Coreia do Sul e Europa foram os destinos de exportação visados. As vendas de robôs no Japão cresceram 18% para 45.566 unidades, representando o segundo o segundo maior volume já visto no país. O volume mais elevado foi registrado em 2000, com 46.986 unidades.

A indústria manufatureira sul-coreana é de longe a que tem a mais elevada densidade de robôs no mundo – mais de 8 vezes a média global. Porém, em 2017, o fornecimento de robôs recuou 4% para 39.732 unidades. O principal fator para esse desempenho foi a redução de 18% nas instalações de robôs na indústria elétrica e eletrônica. No ano anterior, as instalações de robôs no país atingiram o pico de 41.373 unidades.

As instalações de robôs nos Estados Unidos continuaram a crescer em 2017 por sete anos consecutivos e atingiram um novo pico de 33.192 unidades, ou 6% acima do observado em 2016. Desde 2010, o motor do crescimento em toda a indústria do país tem sido a automação da produção em curso para fortalecer as indústrias dos EUA tanto no mercado doméstico como no global.

A Alemanha é o quinto maior mercado de robôs no mundo e primeiro na Europa. Em 2017, o volume de robôs vendidos cresceu 7% para 21.404 unidades – um novo recorde. Em 2016, foram vendidas 20.074 unidades. Entre 2014 e 2016, o volume de robôs vendidos no país ficou estagnado em tono das 20 mil unidades.

MERCADOS – A indústria automotiva permanece como a maior adepta ao uso de robôs globalmente, com uma participação de 33% dos fornecimentos totais realizados em 2017, ano em que as vendas cresceram 22%. A produção de carros de passageiros tem se tornado cada vez mais complexa nos últimos dez anos: uma substancial proporção dos processos de produção atualmente requer soluções de automação usando robôs. Fabricantes de carros híbridos e elétricos experimentam demanda mais forte para uma larga variedade de modelos, exatamente como os fabricantes de carros tradicionais. Além disso, o desafio de atender as metas climáticas de 2030 irá exigir uma grande proporção de novos carros de baixa ou zero emissão.

No futuro, os fabricantes de carros também irão investir em aplicações colaborativas para montagem final e tarefas relacionadas ao acabamento. Um grande número de fornecedores de peças automotivas de segundo nível são pequenas e médias empresas e são mais vagarosas na automação, mas a expectativa é que isso mude à medida que os robôs se tornem menores, mais adaptáveis, fáceis de programar e de menos capital intensivo.

A indústria eletroeletrônica está alcançando a indústria automotiva. As vendas para o segmento cresceram 33% para o pico de 121.300 unidades – sendo responsável pela fatia de 32% dos fornecimentos totais de 2017. A crescente demanda por produtos eletrônicos e o aumento da necessidade de baterias, chips e displays foram fatores que impulsionaram as vendas. A necessidade de automatizar a produção aumenta a demanda. Robôs podem manusear peças muito pequenas a altas velocidades, com eleva precisão, possibilitando aos fabricantes de eletrônicos garantir a qualidade, e, ao mesmo tempo, otimizar os custos de produção.  A expansão do leque de periféricos inteligentes e tecnologias de visão ampliam as áreas em que os robôs podem atuar na manufatura de produtos eletrônicos.

A indústria de metal (incluindo máquinas, produtos de metal e indústrias básicas de metal) estão em ascensão. A participação nos fornecimentos totais chegou a 10%, com um crescimento excepcional de 55% nas vendas de 2017. Analistas preveem um crescimento generalizado na demanda por metais em 2018,  com o crescimento elevado já em curso por cobalto e lítio usado nas baterias de carros elétricos. Grandes empresas de metal e de produtos metálicos estão implementando estratégias de automação da Indústria 4.0, incluindo robôs para colher os benefícios da economia de escala e se habilitar para responder com agilidade as mudanças na demanda.

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