Produção de motocicletas cresce mais de 26% em outubro
As fabricantes do PIM (Polo Industrial de Manaus) produziram 137.346 motocicletas em outubro. De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o volume é 26,6% maior ao registrado no mesmo mês do ano passado (108.456 unidades). Na comparação com setembro, foi registrado recuo de 1,6% (139.622 motocicletas).
Ainda segundo dados da associação, esse é o terceiro melhor resultado do ano e só foi superado pelos meses de agosto (145.852 motocicletas) e setembro (139.622 unidades). É, também, o maior volume de produção para o mês desde 2014 (144.596 unidades).
Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a indústria segue em expansão e mantém o ritmo de crescimento para atender aos consumidores. “A motocicleta caiu no gosto do brasileiro que hoje a utiliza como veículo principal ou alternativo nos deslocamentos”, diz. “Além disso, é utilizada como instrumento de trabalho para os que atuam nos serviços de entrega e para aqueles que querem complementar a sua renda”, explica.
Fermanian ressalta, ainda, que diversos fatores contribuíram para que a motocicleta se transformasse numa importante opção de mobilidade pessoal: é um veículo ágil, versátil, econômico, com preço acessível e baixo custo de manutenção. “Aliado a isso, os preços dos combustíveis podem levar mais pessoas a optarem pelo guidão, pois os modelos de baixa cilindrada são extremamente econômicos, chegando a rodar até 50km/litro de combustível”, afirma.
No acumulado do ano, 1.198.889 motocicletas saíram das linhas de montagem do Polo de Manaus, volume 19,3% superior ao registrado no mesmo período de 2021 (1.005.014 unidades). Esse é também o melhor resultado para os dez primeiros meses do ano desde 2014. Naquele período, foram fabricadas 1.311.123 motocicletas.
A projeção para este ano é que sejam fabricadas 1.420.000 motocicletas, volume 18,8% superior às 1.195.149 unidades fabricadas no ano passado.
VENDAS – Em outubro, foram licenciadas 120.273 motocicletas. O volume é 24% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (97.000 unidades) e 2,7% inferior na comparação com setembro (123.641 motocicletas). Com esse resultado, os emplacamentos estão próximos ao patamar registrado há oito anos. Em outubro de 2014, foram vendidas no varejo 120.317 motocicletas.
Assim como na produção, outubro alcançou o terceiro melhor resultado em volume de emplacamentos em 2022, sendo superado apenas por maio (133.344 licenciamentos) e setembro (123.641 emplacamentos).
O presidente da Abraciclo explica que o segmento segue tendência de alta e a fila de espera deverá persistir até o final do ano. “Em dezembro teremos as férias coletivas, o que deverá reduzir o volume de produção”, ressalta. “Mas é importante enfatizar que há fila apenas para os modelos de baixa cilindrada e scooters”, diz.
Com 20 dias úteis, a média diária de vendas em outubro foi de 6.014 unidades. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, que teve um dia útil a menos, houve aumento de 17,8% (5.105 emplacamentos/dia). Em relação a setembro, com um dia útil a mais, a alta foi de 2,1% (5.888 licenciamentos/dia).
A Street foi a categoria mais licenciada (62.319 unidades e 51,8% do mercado). Na sequência, vieram a Trail (22.554 motocicletas e 18,8% dos emplacamentos) e a Motoneta (19.064 unidades e 15,9%).
As motocicletas de baixa cilindrada lideraram o ranking de licenciamentos. Segundo levantamento realizado pela Abraciclo, os modelos com até 160 cilindradas responderam por 82,1% dos emplacamentos, com 98.794 unidades. Em segundo lugar, ficaram as motocicletas de 161 a 449 cilindradas, com 17.741 unidades (14,8% dos licenciamentos). Os modelos acima de 450 cilindradas registraram 3.738 emplacamentos, o que corresponde a 3,1% do total.
Nos dez primeiros meses do ano, foram licenciadas 1.106.523 motocicletas, volume 18% superior ao registrado no mesmo período de 2021 (937.971 unidades). Esse é o melhor resultado desde 2014, quando 1.190.031 motocicletas foram vendidas no varejo.
MERCADO POR REGIÃO – Com 15.370 motocicletas emplacadas em outubro, a região Norte registrou alta de 33,9% no volume de licenciamentos, o maior crescimento porcentual no volume de emplacamentos em um ano. No mesmo mês do ano passado, as vendas no varejo atingiram 11.482 unidades.
Em números absolutos, a liderança é do Sudeste (45.818 motocicletas e 38,1% de participação do mercado). Em segundo lugar do ranking, ficou o Nordeste (36.143 unidades e 30,1% do mercado). Na sequência, vieram o Norte (15.370 motocicletas e 12,8%), Centro-Oeste (11.577 unidades e 9,6%) e Sul (11.365 unidades e 9,4%).
O Sudeste mantém a liderança no ranking do acumulado do ano, com 428.815 unidades e 38,8% dos emplacamentos. Na sequência, ficaram o Nordeste (326.722 motocicletas e 29,5% do volume total de licenciamentos), Norte (136.718 unidades e 12,4%), Sul (108.097 motocicletas e 9,8%) e Centro-Oeste (106.171 unidades e 9,6%).
EXPORTAÇÕES – As associadas da Abraciclo embarcaram 4.047 motocicletas para o mercado externo em outubro. O volume é 3,2% menor ao registrado no mesmo mês do ano passado (4.182 unidades) e 30,1% inferior às 5.786 motocicletas exportadas em setembro.
Segundo levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Argentina foi o principal destino com 1.740 unidades e 29% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Colômbia (1.444 motocicletas e 24% das exportações), seguida bem de perto pelos Estados Unidos (1.389 unidades e 23,1%).
No acumulado do ano, foram embarcadas 47.717 motocicletas, volume 1,6% maior na comparação com as 46.947 unidades exportadas no mesmo período de 2021.
Segundo dados do Comex Stat, analisados pela Abraciclo, a Colômbia é o principal mercado com 13.508 unidades e 28,1% das exportações. Em segundo lugar, ficou a Argentina que recebeu 11.698 motocicletas, o que corresponde a 24,3% do volume total exportado. Na sequência, vieram os Estados Unidos (10.199 motocicletas e 21,2% das exportações).