Receita do setor de máquinas e equipamentos recua em janeiro
A indústria de máquinas e equipamentos fechou o mês de janeiro com faturamento líquido de R$ 7.903,64 milhões, o que indica uma queda de 9,4% em relação a dezembro de 2019 e de 3,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Nos período de 12 meses até janeiro, a receita líquida total no valor de R$ 121.810,39 milhões é 0,3% superior relação aos 12 meses anteriores. Os dados foram divulgados ontem pela Abimaq.
A receita líquida interna no mês de janeiro, no total de R$ 5.602,33 milhões é estável em relação ao mês de dezembro de 2019 e 6,6% acima do resultado de janeiro do ano anterior. Já o consumo aparente, no total de R$ 13.033,80 milhões é 11,6% superior ao mês anterior e 19,3% acima do mesmo mês de 2019.
O consumo aparente reflete o nível de investimentos e o crescimento apresentado em janeiro é bastante vistoso. Porém, segundo José Velloso Dias Cardoso, presidente-executivo da Abimaq, esse salto ocorre por conta de investimentos pontuais, não refletindo uma tendência. Um grande investimento foi feito na aquisição de uma caldeira da Alemanha, que custa cerca de US$ 100 milhões e é destinada a um projeto de infraestrutura. Outro grande investimento foi feito numa colheitadeira, avaliada em cerca de R$ 30 milhões. “Não houve aumento de investimento”, afirma Dias Cardoso.
As exportações, por conta do desaquecimento da economia global, sofreram forte Em janeiro, as exportações setoriais caíram 26,3% em relação a dezembro e 26,6% em relação ao mesmo mês de 2019.
Já as importações no valor de US$ 1.570,99 milhões no mês de janeiro são 22% superiores às do mês de dezembro e 22,9% acima do mesmo mês de 2019. O crescimento nas importações em janeiro foi fortemente afetado pela aquisição das citadas caldeira e colheitadeira.
A utilização da capacidade instalada segue baixa: 72,5% pouco menor que a média da indústria de transformação (74%). A carteira de pedidos do setor continua reduzida pela ausência de grandes projetos de investimentos. No mês de janeiro, apesar do nível de consultas ter aumentado, houve queda de 5,4%.
O número de pessoas empregadas no setor em janeiro totalizou 305,2 mil pessoas, com aumento de 0,9% tanto em relação a dezembro como na comparação com janeiro de 2019. (Franco Tanio)