Metal Mecânica

Setor metalúrgico é o maior consumidor do mercado livre de energia

O Mercado Livre de Energia já é responsável por mais de 35% do total consumido pelo país e teve alta de 7,1% em relação a 2020. Porém, se consideradas as novas cargas que migraram para o segmento, o aumento foi de 12,1%. “Esse avanço significativo no ACL (Ambiente de Contratação Livre) é um reflexo dos consumidores de alta tensão, como a indústria e grandes redes comerciais”, comenta Braz Justi, CEO da Esfera Energia, empresa de tecnologia que atua com gestão e comercialização de energia.

De acordo com os dados divulgados pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), no primeiro semestre de 2021, o setor metalúrgico registrou o consumo de 5.441 megawatts médios, volume 16,9% superior ao reportado em igual período do ano passado. Seguido dele, os outros três setores que mais consumiram energia no ACL em 2021 foram de minerais não-metálicos, alimentícios e químicos.

Além disso, também tiveram os setores que iniciaram o ano com consumo negativo em relação a 2020, mas que ao longo dos últimos 9 meses, se recuperaram, como transporte e extração de minerais metálicos. Vale ressaltar que, entre os 15 ramos de atividade econômica avaliados, apenas o setor de bebidas registrou queda durante o mesmo período, de 6,9%.

O levantamento também mostra os segmentos que tiveram maior alta de consumo em relação ao ano passado, por sua vez, foram saneamento (32,9%), seguido da indústria têxtil (20,9%), comércio (20,4%), indústria de veículos (16%) e a metalurgia e produtos de metal (14,3%). “É importante ressaltar que esses setores aumentaram em relação à demanda no último ano, mas, ainda assim, o setor metalúrgico continua liderando o consumo no Mercado Livre de Energia quando falamos em volume por megawatts”, reforça Braz.

“O Mercado Livre de Energia oferece liberdade de escolha do fornecedor, contratação de carga sob medida, redução de até 35% nos custos com energia elétrica, sustentabilidade, entre outros benefícios”, conta Braz.

Segundo o especialista, estamos vivendo a maior crise hídrica da história, que nos levou a bandeira tarifária de escassez hídrica. ”Segundo a Aneel, isso representa um aumento médio de 6,78% na conta de luz dos clientes residenciais do País. O mercado livre de energia oferece expressiva economia em relação ao mercado cativo, o que acaba sendo uma oportunidade para as empresas, principalmente em um momento de tantas incertezas econômicas”, conclui Braz.

 

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