Metal Mecânica

Toledo do Brasil automatiza área de usinagem de células de carga e produtividade aumenta 60%

 

 

A Toledo do Brasil decidiu utilizar robôs na área de usinagem de células de carga, para aprimorar a qualidade dos produtos e aumentar a produção, com redução de custos.

 

A empresa atua no segmento de pesagem e gerenciamento de informações. A automação da usinagem de células de carga é estratégica, pois todos os produtos da Toledo do Brasil utilizam célula de carga, sendo a maioria produzida internamente. “Neste sentido, sentimos a necessidade de criar um processo, visando competir com os custos externos, elevando os padrões de qualidade reconhecidos no mercado”, afirma Antonio Miñarro Bascini, gerente industrial da empresa.

 

Ciente de que era preciso automatizar processos, a Toledo do Brasil especificou um projeto próprio, fez as avaliações precisas e instalou seu primeiro robô na área de manufatura, no setor de Usinagem de corpos de células de carga. “No segundo semestre de 2019, com a implementação definitiva da célula robótica, nos tornamos mais competitivos. Com isso, registramos ótimos resultados com a automatização do transporte de peças, como também nas operações internas de usinagem. Em média, tivemos 60% de aumento de produtividade na usinagem das células de carga”, informa Vander Camargo, coordenador de Processos Industriais, Manufatura da empresa.

 

Antenógenes Acácio Oliveira Junior, analista de Processos Mecânicos da Toledo do Brasil, destaca que foram feitas adaptações no projeto inicial. “Fizemos a análise de contingência e descobrimos um ganho maior se abastecêssemos as máquinas (no total de três) pela sua lateral, deixando a parte frontal da operação livre, com isso poderíamos parar uma máquina, a qualquer momento, para manutenção ou try-out de ferramentas, sem afetar o abastecimento das outras duas. Assim sendo, quando há necessidade de parar uma máquina, apenas giramos uma chave e o robô para de abastecê-la. Na prática, o tempo de usinagem não mudou, mas sim os abastecimentos”, argumenta.

 

Hoje, a empresa opera com um turno na fábrica, mas o projeto prevê três turnos, se necessário. Atualmente, a Toledo do Brasil possui cinco centros de usinagem em operação, sendo três automatizados e dois que dispensam a automação, uma vez que são peças especiais, confeccionadas em pequenos lotes. “Estamos trabalhando para reduzir os tempos de usinagem com ferramentas mais eficientes e estudando novas formas de inspeção, através de sistemas de visão que reduzirão ainda mais os tempos”, acrescenta Camargo.

 

O êxito, que está sendo obtido com a implantação do primeiro robô na unidade fabril, já aponta outros postos de trabalho que também necessitam de muita precisão e que serão estudados quanto à viabilidade para a implantação de novos robôs. “São postos que ergonomicamente devem ser melhorados ou mesmo cujos custos são elevados, devido à categoria das balanças produzidas”, conclui Camargo.

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