Ultragaz vai comprar a Neogás para aumentar participação no mercado de gás natural e biometano
A Ultragaz, empresa que oferece soluções em energia, acaba de assinar contrato para adquirir a Neogás, que atua na distribuição de Gás Natural Comprimido (GNC). A empreitada é mais um passo em direção à diversificação de portfólio, após a recente compra de uma startup – plataforma que conecta geração distribuída de energia elétrica renovável a clientes.
A aquisição visa a expansão de acesso e oferta de gás natural e biometano para clientes industriais, especialmente àqueles cuja localização é distante das grandes redes de distribuição e gasodutos. Isso representará uma frente de crescimento para a companhia, por meio da ampliação da oferta de energia renovável. Além de apresentarem demandas e metas importantes de ESG em suas cadeias produtivas, clientes demonstram uma necessidade crescente por matrizes mais sustentáveis.
Diante disso, a Ultragaz pretende viabilizar a conexão com os maiores produtores de biometano, posicionando-se como protagonista do setor em meio à transição energética vivida pelo País. Além de facilitar o acesso aos combustíveis com menores emissões de carbono, também vai trazer mais sustentabilidade e eficiência à operação.
O acordo avaliado em R$ 165 milhões vai garantir à Ultragaz 100% do controle da Neogás, fundada em 2000. A empresa opera com seis bases de compressão próprias, localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, e capacidade anual de produção estimada em 100 milhões de m³ de GNC, volume comercializado pela empresa no ano de 2021.
O negócio também vai garantir a entrada da Ultragaz no mercado de GN, além de viabilizar a incorporação de uma empresa que atende a grandes clientes privados, especialmente no interior do país. Atualmente, a Neogás atende a grandes indústrias. Além disso, também é responsável pelo abastecimento de mais de 50 postos de combustível e à prestação de serviços logísticos para distribuidoras de GN.
“A chegada da Neogás trará conhecimento e capacidade operacional ímpares em GNC, permitindo o avanço em Biometano, complementando o nosso portfólio de ofertas e impulsionando a transição energética dos clientes”, revela Tabajara Bertelli, presidente da Ultragaz.
A combinação dos negócios deve acontecer após o cumprimento das condições previstas em contrato, entre elas, a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, até lá, os negócios seguem atuando de forma independente.