Eletrônica e Informática

Uso de robôs ajuda desenvolvimento sustentável

O uso de robôs desempenha papel importante para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas (17 ODS), que são 17 objetivos ambiciosos e interconectados, que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no mundo todo. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas do mundo todo possam desfrutar de paz e de prosperidade. A Federação Internacional de Robótica (IFR) identificou 13 ODS, em que os robôs ajudam a criar um planeta melhor.

“O uso de robôs responde ao chamado de ação da ONU”, diz Milton Guerry, presidente da Federação Internacional de Robótica (IFR). “O IFR apóia os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas. Existem novas e fantásticas maneiras pelas quais os robôs economizam recursos e produzem tecnologias verdes do futuro.”

“A transformação no caminho para o uso sustentável dos recursos está provando que a robótica e a automação são tecnologias-chave”, diz a dra. Susanne Bieller, secretária geral da IFR. “A automação inteligente reduz os custos de produção: isso ajuda a tecnologia de baterias a alcançar um avanço na mobilidade elétrica, por exemplo, ou na produção de células de combustível para energia de hidrogênio como alternativa à energia fóssil. Ao mesmo tempo, a tecnologia de produção altamente eficiente reduz as emissões de CO2.”

Energia limpa, inovação industrial e agricultura sustentável são três exemplos que mostram como o uso de robôs contribui para alcançar esses objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.

ENERGIA – Energias do futuro, eletricidade e calor solar e energia limpa, referem-se à ODS 7 da ONU. Afastar-se dos combustíveis fósseis tornam o calor solar e energia solar de fonte fotovoltaica em energia do futuro. A previsão é que os painéis solares forneçam cerca de um terço da demanda total de eletricidade do mundo até 2050, segundo a Agência Internacional de Energia. O uso de calor representa metade do uso de energia do mundo. Acompanhar essa crescente demanda dos clientes por painéis solares e refletores significa ser capaz de produzir unidades em maiores quantidades.

Robôs industriais agora são usados, por exemplo, ​​como parte de uma linha de produção de fábrica automatizada na Suécia. A empresa de energia solar Absolicon desenvolveu o que vê como um divisor de águas para a ampla adoção do calor solar como fonte de energia: um refletor parabólico concentra a irradiação solar em um receptor e a transforma em vapor com temperatura de até 160 graus para uso na produção industrial. Quase todas as indústrias requerem calor para os processos de produção.

O potencial de redução de emissões do coletor solar é enorme: cada metro quadrado de um coletor solar térmico pode produzir a energia equivalente a 100 litros de óleo.

A automação na fábrica da Absolicon em Härnösand , na Suécia, com o uso de dois robôs ABB possibilitou grande aumento na produção. Enquanto a empresa produzia anteriormente três coletores solares por dia com métodos de produção manual, a linha de produção robótica recém-instalada agora tem a capacidade de produzir um coletor acabado a cada seis minutos.

“PREPARE-TO-REPAIR”Preparar para reparar é uma estratégia bem-sucedida para os fabricantes de robôs e seus clientes economizarem custos e recursos, levando em consideração que um robô tem vida útil média de até trinta anos. Usar menos peças significa menor risco de falhas futuras, e é o primeiro passo dessa abordagem. Para oferecer reparos de longo prazo aos clientes, o armazenamento de peças é um desafio. Para manter o grande número de peças de reposição em estoque, o fabricante japonês de robôs Fanuc, por exemplo, opera um armazém central para a Europa. Está localizado no Luxemburgo e tem o tamanho de um campo de futebol com 600.000 peças de reposição em estoque.

Como cada hora de inatividade da máquina custa dinheiro ao cliente, muitas vezes é mais eficiente em termos de recursos transportar as peças sobressalentes para o cliente e reparar a máquina no local – em vez de fabricar e enviar novas máquinas. Fabricantes como ABB, Fanuc, Kuka ou Yaskawa possuem centros de reparo dedicados onde milhares de robôs industriais são reformados e atualizados para uma segunda vida.

AGRICULTURA  – A agricultura inteligente faz parte da ODS 2 da ONU. Na agricultura, novos robôs de campo eliminam o uso de agentes químicos. Esses robôs agrícolas viajam lentamente para cima e para baixo nas fileiras de plantações. Equipados com câmeras e software de inteligência artificial, eles são capazes de localizar ervas daninhas e queimá-las seletivamente com um tiro a laser. A nova tecnologia não apenas elimina completamente o uso de herbicidas. Os agricultores orgânicos agora têm uma alternativa a um processo relacionado chamado “flamejar” usando tochas de propano para matar ervas daninhas. A chama só poderia ser usada antes do plantio, caso contrário, também matado as colheitas.

O centro de pesquisa Fraunhofer EZRT e seus parceiros equiparam um robô agrícola com tecnologia de navegação para controle mecânico de ervas daninhas em plantação de beterraba sacarina. O BlueBob 2.0 também faz o trabalho de forma autônoma, para que os agricultores possam dedicar seu tempo a tarefas com maior valor agregado do que a capina manual ou química. Como a capina manual é uma tarefa muito tediosa para os humanos, a nova tecnologia também ajuda a melhorar as condições do trabalho agrícola. (texto: Franco Tanio/foto: Divulgação: IFR)

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo