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Uso de robôs colaborativos não para de crescer

O mercado de braços robóticos colaborativos é projetado para atingir US$ 5,8 bilhões em faturamento em 2027. Desse total, US$ 2 bilhões serão em investimentos destinados à indústria automotiva e de autopeças, segundo projeta a ABI Research. Há outras fontes de receitas relacionadas a softwares e a End of Arm Tooling (EOAT), que são ferramentas acopladas nas extremidades dos braços robóticos, para que possam desempenhar uma função específica. A ABI Research destaca que os sistemas colaborativos cada vez mais se tornarão indiferenciados dos braços robóticos industriais convencionais, abrindo potencialmente perspectivas para um mercado muito maior.

“Desde 2008, robôs colaborativos vêm sendo adotados a taxas febris”, diz Rian Whitton, analista sênior da ABI Research. Embora haja limitações significativas na tecnologia atual, os benefícios, como a maior flexibilidade e os braços robóticos de grau industrial menos caros, proporcionam uma grande opção para a indústria de manufatura, que luta para investir grandes somas de capital em soluções de automação abrangentes. Embora os fornecedores de cobots puros estejam florescendo, os principais fabricantes de robôs industriais ainda não capitalizaram de fato a oportunidade, porque várias de suas ofertas são caras demais ou complicadas demais para conseguir a adoção em massa”, complementa.

“Atualmente no mundo existem bem mais de 50 grandes fornecedores de robôs colaborativos. E, nesse espaço muito saturado, a pequena diferenciação entre os produtos é um problema significativo. “Alguns fornecedores enfatizam a agilidade que seus sétimos eixos proporcionam, outros focam nos controles intuitivos e alguns focam nos bots com carga útil mais elevada, mas em geral as inovações no hardware têm sido limitadas e o atual ecossistema é grande demais para conter a consolidação nos próximos anos”, afirma Whitton.

O mais notável fornecedor nesse segmento é atualmente, segundo a ABI Research, a Universal Robots, que com muito sucesso transformou-se de um fornecedor de braços para fornecedor de plataforma com seu ecossistema UR+. Isso tem ajudado a oferecer transparência e um sistema central de robótica que pode ser retrofitado com um grande leque de sistemas de visão, softwares e EOAT.

Enquanto a Universal Robots inova no nível da plataforma, companhias como a Precise Automation e a Productive Robotics desenvolvem mecatrônica aperfeiçoada com sistema colaborativos inovadores desde o zero, tornando-os mais seguros e mais econômicos.

No mercado asiático, Techman Robot, de Taiwan, Doosan Robotics, da Coreia do Sul, estão conquistando grandes ganhos no campo da eletrônica e a Ásia irá ultrapassar a Europa como mercado chave para sistemas colaborativos. Entre os principais beneficiados dessa expansão asiática estarão os fornecedores chineses, como Siasun e Elephant Robotics, que estão desenvolvendo produtos competitivos em preço o que abrirá oportunidades no vasto mercado doméstico.

O público em geral não deveria ver os robôs colaborativos como substitutos dos robôs industriais, mas como o desenvolvimento de uma tecnologia paralela que em algum momento convergem. Inovações como visão de máquina avançada, localização aprimorada, sensores táteis e mecatrônica superior estão permitindo aos cobots se tornarem mais rápidos, sem negligenciar a segurança. Avanços estratégicos em 5G e inteligência artificial “edge-enabled” tornarão múltiplos sistemas colaborativos superiores. (texto: Franco Tanio/ foto: Universal Robots/divulgação).

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