Metal Mecânica

Vendas de implementos rodoviários crescem no começo de 2020

 

 

 

Pelo menos por enquanto, a previsão da indústria brasileira de implementos rodoviários, de que o setor continuará com as vendas em alta em 2020, repetindo o bom desempenho de 2019, parece estar se confirmando.

 

De acordo com a Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), entidade que reúne as fabricantes do setor, houve um bom crescimento das vendas no primeiro bimestre deste ano quando comparadas com o mesmo período do ano passado. Foram emplacadas, agora, pouco mais de 17,1 mil unidades, diante dos 16,4 mil implementos licenciados no primeiro bimestre de 2019.

 

Para o presidente da Anfir, Norberto Fabris, o setor deve continuar registrando números favoráveis nos próximos meses, configurando um resultado positivo para o ano. Mas ele ainda não arrisca estimar um volume de vendas para 2020.

 

“Ainda é cedo para uma previsão mais precisa”, diz o executivo. “Porém, a tendência é de que registremos um crescimento porcentual próximo aos dois dígitos”.

Fabris muito menos arrisca prever se 2020 será um ano ainda melhor para o setor do que o de 2019, quando a indústria fechou com 120,5 mil unidades vendidas, um crescimento de 33% sobre 2018. Mas, obviamente, é o que ele e o setor gostariam.

 

IMPLEMENTOS LEVESO que joga a favor de um sólido crescimento em 2020 é a possível recuperação da área de implementos leves, de modo geral de uso urbano.

 

De fato, no segmento pesado, utilizado principalmente pelo agronegócio e que inclui os reboques e semirreboques, houve alta de 1,8% nos negócios do primeiro bimestre, para pouco mais de 9 mil unidades, enquanto nos leves, que inclui carrocerias sobre chassis, a venda de 8,1 mil representou crescimento de 6,8%.

 

Segundo a Anfir, isso mostra que a tendência de crescimento, que foi bem mais forte para os pesados nos últimos anos – na verdade, este segmento praticamente vem como que carregando o setor nas costas de uns tempos para cá -, está se verificando agora também no segmento leve.

 

“Realmente, há uma tendência de os negócios, no âmbito das cidades, melhorarem neste ano e ampliar o volume de emplacamentos no segmento leve, contemplando a sua recuperação”, explica Norberto Fabris.

 

De acordo com ele, o histórico do mercado aponta para uma relação de 1,8 a 2 produtos leves (carrocerias sobre chassis) para cada equipamento pesado (reboques e semirreboques, ou carretas). A relação atual está em menos de um para um.

 

O desbalanceamento ficou muito claro no ano passado. De janeiro a novembro de 2019, foram vendidos 58,5 mil reboques e semirreboques, número que representou alta de 44,2% sobre os mesmos 11 meses de 2018. Já no segmento leve, foram entregues 52 mil unidades, alta de 25,4% sobre o mesmo período do ano anterior.

 

De qualquer forma, Fabris pondera que ainda é cedo para considerar que, mesmo com todas estas recuperações, o mercado retomará tudo o que já perdeu. Ele lembra que os 120,5 mil implementos vendidos no ano passado foram ainda um resultado bastante abaixo dos números de 2012 e 2013. (Alberto Mawakdiye)

 

 

 

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