Vestas fornecerá 120 turbinas eólicas para a Casa dos Ventos
A Casa dos Ventos firmou contrato com a Vestas para fornecimento de 120 turbinas eólicas (modelos V150-4.3MW e V150-4.5MW) para Fase II do complexo Rio do Vento, localizado no Rio Grande do Norte, e que já se encontra em construção. Além do fornecimento dos aerogeradores, a Vestas será responsável pela prestação de serviço de Operação e Manutenção (O&M) dos equipamentos por 20 anos.
Este é o terceiro contrato firmado entre as companhias em menos de dois anos, totalizando 1,2 GW em entrega de aerogeradores. No primeiro, em 2018, a Vestas forneceu 36 aerogeradores para o complexo Eólico de Folha Larga, na Bahia, com 151 MW de capacidade instalada e que já está em operação. No ano seguinte, a parceria resultou em mais 120 turbinas e 504 MW para a Fase I do complexo Rio do Vento e, agora, serão mais 120 e 534 MW para a Fase II do projeto, previsto para entrar em operação comercial a partir de 2023.
De acordo com as companhias, trata-se do maior negócio realizado pela fabricante dinamarquesa na América Latina e pela desenvolvedora brasileira em sua história. “Essa nova parceria marca a ampliação do Complexo Eólico Rio do Vento, tornando-o um dos maiores do mundo com capacidade instalada superior a 1 GW”, afirma explica Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos.
TECNOLOGIA DE PONTA – Rio do Vento será o primeiro projeto do Brasil a contar com o recém-anunciado Modo de Potência Otimizado de 4,5 MW para a V150-4,2 MW. A inovação faz parte da plataforma 4 MW da Vestas, que já conta com dez anos de evolução a partir de uma tecnologia já validada. Entre os diferenciais do Modo de Potência Otimizado de 4,5 MW está o reforço do trocador de calor da V150-4,2 MW, de forma a suportar adequadamente o rendimento de energia adicional esperado.
“Estamos orgulhosos por continuar nossa colaboração com a Casa dos Ventos e fornecer a eles uma solução customizada que inclui o recém-anunciado Modo de Potência Otimizado de 4,5 MW para a V150-4,2 MW, que garante o máximo valor para as necessidades de negócio de nosso cliente”, diz Javier Rodríguez Diez, presidente da Vestas para Europa Sul, Médio Oriente e Norte da África, e América Latina. “A dimensão deste projeto mostra o potencial da energia limpa no Brasil e é um grande passo para a transição energética no país tendo em vista um futuro mais sustentável”, conclui Rodríguez Diez.
RIO DO VENTO – Com a ampliação de Rio do Vento, o complexo eólico irá gerar energia suficiente para abastecer mais de dois milhões de residências. “Com Rio do Vento, o Brasil caminha para ser reconhecido como o país que abrigará um dos maiores complexos eólicos do mundo em operação, superando grandes parques localizados na China e nos EUA”, diz Araripe. O empreendimento se tornará referência em geração de energia limpa, evitando anualmente a emissão de dois milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera.
A primeira fase do Complexo Rio do Vento irá iniciar sua operação comercial no segundo semestre de 2021, enquanto a segunda fase tem previsão para início em 2023. “Estamos em negociação com consumidores para fornecer a energia proveniente da segunda fase do complexo. Dada qualidade dos ventos na região e a escala do empreendimento, somos bastante competitivos para alocar essa energia no mercado livre”, diz Araripe.
A transição energética se faz cada vez mais urgente pela sociedade no contexto de combate à crise climática. Grande parte dessa mudança passa pela descarbonização de setores da economia. O interesse crescente de empresas no uso de energia renovável mostra o caminho para que essa transição se concretize de forma efetiva. Além disso, mostra a força das renováveis e confirma sua eficiência na substituição dos combustíveis fósseis.
No Brasil, a Casa dos Ventos tem sido uma provedora de soluções para “virada sustentável” de empresas que buscam a transição energética para diminuir sua pegada de carbono. Desde o início do ano, a companhia já anunciou diversos contratos firmados para o complexo Rio do Vento com o objetivo de democratizar a energia limpa para o ambiente corporativo: desde eletrointensivas, como Vale e Anglo American, até as que consomem menos energia, como Tivit, Vulcabrás Azaleia e Grupo Moura, mas que acompanham tendências mundiais e entram agora no rol de empresas engajadas em incorporar metas de ESG (Environmental, Social and Governance, em inglês).
“A preocupação com o meio ambiente e a sociedade está cada vez mais presente no mundo corporativo. Esses temas geram retorno porque inspiram pessoas e clientes, cada vez mais, a reconhecerem uma empresa responsável. Em adição aos temas de ESG, as renováveis hoje são as fontes mais competitivas economicamente para os consumidores, por isso acreditamos que serão as protagonistas na expansão da geração no nosso país”, finaliza Araripe.