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Cibersegurança no monitoramento dos processos da indústria de petróleo & gás

Atualmente, a indústria de petróleo e gás passa por grandes mudanças tecnológicas. A era da automação de processos e do uso de novas tecnologias de informação e comunicação chegou e, por isso, é fundamental que o setor de energia inicie sua transição rumo à digitalização. Com os avanços vêm os riscos de segurança cibernética, que têm aumentado constantemente, globalmente houve um aumento substancial de ataques desse tipo nos últimos anos, a um custo aproximado de US$ 17,20 milhões por ano.

As tecnologias de videovigilância atuam no setor de petróleo e gás como ferramentas para manter a rentabilidade das operações e a segurança das pessoas, além de auxiliar as empresas a monitorar e reportar aspectos operacionais. Essas soluções podem detectar mudanças proativamente e transmitir dados críticos diretamente ao gerente de fábrica ou enviá-los à sala de controle. Até pouco tempo atrás, o monitoramento remoto era muito dispendioso, mas as inovações permitiram que os dispositivos enviassem informações por longas distâncias e menos recursos.

Os dispositivos ainda podem ser programados para enviar dados quando houver um problema, reduzindo significativamente os custos operacionais. No entanto, a incursão da videovigilância também implica um risco cibernético iminente, por isso, é fundamental que a escolha ou utilização dessas tecnologias seja feita a partir do conceito de cibersegurança, além da construção de boas práticas para prevenir riscos.

É essencial que os dispositivos de videovigilância sejam seguros, ao contrário, podem ser a porta de entrada para ataques de hackers que exigem dinheiro após o sequestro dos dados. Além disso, existe um tipo de malware denominado Cavalo de Tróia que passa despercebido e realiza atividades de coleta de informações. Após coletar dados suficientes, os cibercriminosos podem assumir o controle operacional. Se isso acontecesse em uma planta de óleo e gás, poderia disparar falsos alertas que, se não verificados, podem causar mais danos do que o evento real ao receberem uma resposta inadequada.

Em videovigilância, por exemplo, as soluções devem funcionar integralmente e constantemente conforme o que foi projetado e planejado. Este nível de integridade só pode ser alcançado se o hardware e o firmware forem protegidos com sucesso contra alterações não autorizadas, ou adulteração, durante a jornada pela cadeia de suprimentos. Esse desafio começa pelos materiais componentes, a rastreabilidade, que inclui o processo de manuseio do material e garante a integridade, revelando quaisquer desvios que possam comprometer a qualidade.

Hoje, mais do que nunca, é importante que as empresas de petróleo e gás olhem além dos benefícios de curto prazo obtidos com a vigilância por vídeo e também se concentrem na maturidade da segurança cibernética de empresas fornecedoras, como a Axis Communications, para proteger seus investimentos de possíveis ataques.

Uma solução de videovigilância vulnerável em um setor crítico pode ter consequências negativas não apenas para os negócios, mas também para a sociedade. Como os países dependem desses serviços, as implicações podem ser generalizadas. De uma perspectiva empresarial, um ataque cibernético pode impactar negativamente a reputação de qualquer marca, o preço das ações e a também a lucratividade.

O setor de petróleo e gás constitui uma parte importante do setor de infraestrutura crítica de um país, razão pela qual a segurança cibernética é a preocupação número um para a maioria das operações. Ataques bem sucedidos podem ter efeitos catastróficos sobre as organizações e os cidadãos. Além disso, também pode resultar em um efeito cascata ou dominó: se um subsetor cair, outros subsetores podem acompanhar a queda.

À medida que a indústria energética entra em uma nova era de tecnologia, o papel do parceiro de tecnologia será ainda mais crítico para o sucesso. As soluções que eles fornecem ajudarão a melhorar a eficiência e reduzir custos, especialmente de uma perspectiva de monitoramento remoto. No entanto, uma avaliação cuidadosa da segurança cibernética dessas empresas é crítica e deve ser priorizada durante todo o processo de aquisição.

(*) O autor é gerente de Soluções da Axis Communications.

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