Mercado brasileiro de PCs fecha 2020 com alta de 6%

De outubro a dezembro de 2020, foram vendidos 1,9 milhão de computadores no país, 20,6% a mais do que no mesmo período de 2019. Desse total, foram 1,6 milhão notebooks e quase 400 mil desktops. Os dados fazem parte do estudo IDC Brazil PCs Tracker 4Q2020, realizado pela IDC Brasil. Com os números do quarto trimestre, as vendas de PCs em 2020 e chegaram ao total de 6,3 milhões de computadores unidades, sendo 1,3 milhão de desktops e 5 milhões de notebooks, alta de 6% em relação a 2019.
“A demanda por mobilidade para trabalhar e estudar se manteve no último trimestre de 2020 e projetos do governo foram retomados”, diz Rodrigo Okayama Pereira, analista de mercado da IDC Brasil, para justificar o movimento de vendas no final do ano passado. Segundo ele, o home office continuou sendo adotado pelas empresas preocupadas em manter seus colaboradores em segurança e houve investimentos também de instituições de ensino. “Fabricantes de PCs, canais corporativos e instituições educacionais públicas e privadas estão atentas aos impactos da pandemia de covid e criando soluções e oportunidades para uma situação que tem se mostrado não ser apenas pontual e, sim, um adiantamento da transformação digital na educação, esperada para alguns anos à frente”, diz o analista, completando que, no 4º trimestre de 2020, o segmento de educação apresentou um crescimento ano contra ano de 66%.
Ainda assim, o maior volume de negócios foi feito no varejo, que vendeu 1,3 milhão de máquinas (crescimento de 26,4% ano contra ano), enquanto o mercado corporativo ficou com 671.281 computadores, alta de 10,5% em relação ao 4º trimestre de 2019.
Quanto aos preços, no 4º trimestre de 2020 o desktop custava, em média, R$ 3.782, e o notebook R$ 4.299. São valores 23,5% mais altos do que no trimestre anterior e que, segundo a IDC, refletem o momento de mercado. “Entre outubro e dezembro do ano passado a demanda ainda estava muito alta e a cadeia global de componentes não estava com 100% de produtividade. Além disso, vimos o aumento do dólar, o preço dos fretes e, especialmente, as ofertas da Black Friday e de outras datas promocionais mais conservadoras se comparados a anos anteriores”, analisa Pereira.
EXPECTATIVAS – Para 2021, a IDC prevê um crescimento de 8,6% do mercado de computadores, suportado pela demanda provocada pela continuidade da pandemia. A consultoria também espera uma retomada do mercado corporativo de 17,3% em comparação a 2020, impulsionada especialmente por grandes projetos no segmento de educação e governo. Também são esperados impactos no Brasil e no mundo relacionados à falta de componentes – e consequentemente de produtos -, causada pelo desequilíbrio entre as demandas e a capacidade produtiva da cadeia global de insumos.