Mercado livre alcança 43% da eletricidade consumida no Brasil
O consumo médio no mercado livre de energia elétrica brasileiro, ambiente onde é possível escolher o fornecedor e características desse fornecimento, como preço, prazo e fonte energética, entre outras, foi de 26.802 MW médios em 2024, aumento de 8% em relação à média do ano anterior. Com isso, o mercado livre passou a representar 43% de toda a energia elétrica consumida no país em 2024.
Segundo a Abraceel, a migração de uma quantidade recorde de consumidores do regulado para o livre ajudou a impulsionar a atividade no ambiente competitivo de compra e venda de energia elétrica.
Em 2024, o mercado livre de energia ganhou 25.966 novas unidades consumidoras, o que o fez atingir a marca de 64.497 unidades consumidores livres, crescimento de 67% em um ano – recorde histórico. Essa nova fase de expansão foi impulsionada pela Portaria 50/2022, que autorizou todos os consumidores do Grupo A, que consomem energia elétrica em média e alta tensão, a escolher o fornecedor, caso assim desejem.
Os números fazem parte do Boletim Anual da Energia Livre, que mostra o desempenho consolidado do mercado livre de energia elétrica em 2024 com informações de diversas fontes e apuração própria da Abraceel.
Veja outras informações que retratam o desempenho do mercado livre de energia em 2024:
– O mercado livre de energia movimentou R$ 193 bilhões em 2024, 93% a mais que em 2023.
– O mercado livre absorveu 58% da energia elétrica gerada por usinas eólicas, 79% por solares centralizadas, 81% da energia das usinas a biomassa e 57% por PCH. De forma consolidada, essas quatro fontes destinaram 64% da geração realizada ao mercado livre de energia em 2024.
– O balanço anual mostra ainda que no Pará (55%) e em Minas Gerais (55%), mais da metade da eletricidade demandada mensalmente pelos consumidores locais foi proveniente do mercado livre de energia. Os dois estados são seguidos por Paraná (48%), Maranhão (45%), Espírito Santo (43%), São Paulo (42%), Santa Catarina (40%), Bahia (38%) e Rio Grande do Sul (36%).