Usuários de aços especiais exigem testes rigorosos
O Brasil é o nono maior produtor de aço do mundo. De acordo com dados do Instituto Aço Brasil, em 2022 foram produzidas mais de 34 milhões de toneladas, sendo que 7% da produção nacional, são aços especiais de alta liga. Considerados como o de maior valor agregado, por utilizar em sua composição elementos como vanádio, manganês, tungstênio, níquel, nióbio e alumínio, além do ferro-carbono, os aços especiais estão cada vez mais presentes em diferentes setores.
O alto rigor na qualidade de testes, exigência feita pelos setores que utilizam este tipo de material, tem sido um dos fatores preponderantes para o investimento cada vez maior em laboratórios de análises dentro das indústrias.
“No uso destes aços são exigidas durabilidade e resistência do metal, já que sua aplicação vai desde equipamentos para extração de petróleo, torres de transmissão de energia elétrica e eólica, turbinas, rotores, reatores e exaustores, além da indústria agrícola e naval”, explica Luis Carlos de Araújo Picone, gerente Nacional de Projetos da Açovisa, uma das líderes nacional no segmento de aços especiais.
O objetivo da adição de diferentes elementos é alterar as propriedades mecânicas e físicas do metal, dando a eles alta resistência, além de durabilidade em relação ao processo de corrosão por oxidação. “Isso possibilita que o produto tenha aplicações específicas em variados setores industriais como mineração e siderurgia, agrícola, automotivo, rodoviário, duas rodas, usinagem, forjarias, cilindros, além das indústrias naval e petroquímica”, explica Picone.
“Para garantir a qualidade do material são investidos milhões de reais em testes laboratoriais e os ensaios realizados garantem as características metalúrgicas, química, física e metalográfica das peças, além de possibilitar a rastreabilidade da matéria-prima”, destaca o gerente da Açovisa.
Nos laboratórios da Açovisa são realizadas análises que avaliam diferentes aspectos dos aços-especiais com o objetivo de garantir eficiência, qualidade e a conformidade de toda a produção em relação às normas da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), legislações vigentes e normas internacionais de qualidade.
São elas:
- Por espectrometria óptica, que estuda a interação da luz com a matéria. Cada composto químico absorve, transmite ou reflete a luz ao longo de um determinado intervalo de comprimento de onda;
- Metalografia que compreende o estudo da estrutura interna dos metais e ligas , e sua relação com as composições químicas e propriedades físicas e mecânicas.
- Ensaios mecânicos que estudam as propriedades físicas dos produtos como resistência à tração, o limite elástico, o escoamento, o alongamento e dureza e ainda ensaios de impacto tipo charpy.