CBA e CIT Senai vão desenvolver ligas de alumínio de aplicação automotiva
A Companhia Brasileira de Alumínio – CBA assinou no dia 20 de fevereiro um termo de cooperação tecnológica com o Centro de Inovação e Tecnologia (CIT Senai) de Minas Gerais com foco na otimização de ligas de alta resistência de alumínio para o setor automotivo. A iniciativa será coordenada pela Unidade Embrapii Instituto Senai de Inovação em Metalurgia e Ligas Especiais e tem como objetivo contribuir para melhorar o desempenho, a segurança e o consumo energético dos automóveis.
A proposta do projeto é desenvolver duas ligas de alumínio para fabricação, com amplo leque de aplicações nos veículos. A intenção é chegar a um produto mais competitivo com prontidão para antecipar as demandas futuras da mobilidade.
“A busca por aumento da eficiência energética nos veículos é demanda crescente da cadeia automotiva e a incorporação de novas soluções que atendam a esse desafio passa pela utilização do alumínio” explica Nataly Yoshino, gerente de Desenvolvimento de Mercado e Inovação da CBA. “Parcerias estratégicas com os principais stakeholders do setor e instituições de ponta são fundamentais para o amadurecimento do mercado brasileiro frente à utilização do metal como alternativa para tornar os veículos mais leves, diminuir o consumo de combustível, zelando pela segurança de seus usuários”, conclui.
Assim como a CBA, também participam do projeto as empresas Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Novelis do Brasil, Aethra Sistemas Automotivos, 6PRO Virtual and Practical Process, com fomento da Embrapii. Parte do investimento é proveniente do Programa Rota 2030 do governo federal, que visa estimular a competitividade da indústria nacional, incentivando a realização de pesquisas e desenvolvimento localmente.
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA – O setor automotivo é o maior consumidor de alumínio no mundo. No Brasil, o estágio de maturidade do mercado doméstico ainda não é o mesmo que o europeu e o americano, mas o interesse pela sua utilização em diferentes aplicações é cada vez maior. Nos últimos anos, o metal vem ganhando participação na indústria automotiva devido principalmente à necessidade de busca de materiais que permitam a redução de peso, estimulada por legislações ambientais mais avançadas ao redor do mundo.
A utilização do alumínio contribui para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE), já que o metal deixa os veículos mais leves e, portanto, consome-se menos combustível. Estima-se que para cada 10% de redução de peso nos automóveis, há um aumento em torno de 5% a 10% em eficiência energética. Além disso, o alumínio é um material de alta absorção de impacto, o que contribui para a segurança veicular.
Em relação ao custo/benefício, o alumínio extrudado dispensa altos investimentos em ferramentas de estampagem, otimizando os custos e o tempo de produção dos componentes automotivos.