Eletrônica e Informática

China avança rápido no desenvolvimento da indústria de chips

O governo da China vem aumentando esforços para desenvolver a indústria local de semicondutores. Para se ter ideia, o país passou a ser, pela primeira vez, o maior mercado para equipamentos de produção de chips. As vendas globais desse tipo de equipamentos saltaram 19% de 2019 para 2020, passando de US$ 59,8 bilhões para o volume recorde de US$71,2 bilhões, de acordo com relatório da Semi, divulgado em abril.  As vendas para a China passaram de US$ 13,45 bilhões em 2019 para US$ 18,72 bilhões, um aumento de 39%. Já as vendas de equipamentos para a América do Norte despencaram 20% de 2019 para 2020, passando de US$ 8,15 bilhões para US$ 6,53 bilhões.

Para especialistas do mercado, esse esforço para desenvolver a indústria de semicondutores na China, deve-se, em parte, às restrições que o governo norte-americano vem impondo desde maio de 2019 para fornecer equipamentos e componentes para empresas como a Huawei e a SMIC.

Fruto do massivo apoio do governo chinês, existia mais de 50 mil empresas de semicondutores na China em outubro de 2020, incluídas nesse número as cerca de 12 mil estabelecidas ao longo do ano.

Mas não se trata apenas de um aumento vertiginoso no número de empresas do ramo de semicondutores. A imprensa especializada internacional afirma que o país adquiriu recentemente capacidade para produzir wafers de chips de 28 nanômetros, sendo muito provável que isso amadureça ainda em 2021. Essa é uma etapa crucial no desenvolvimento de competências para tecnologias avançadas de fabricação de chips,

De acordo com matéria publicada na Total Telecom, algumas empresas chinesas mudaram seus pedidos para chipset de 14 nanômetros para a líder de mercado Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC). Espera-se que em 2022, a China conquiste o know-how para a fabricação de chips de 14 nm.

 

IMPORTAÇÕES – A China continua sendo um grande importador de semicondutores. De acordo com a autoridade alfandegária da China, as importações no mês de março bateram recorde: foram 58,9 bilhões de unidades de semicondutores, que somam US$ 35,9 bilhões em valor.

No primeiro trimestre, as importações de circuitos integrados somaram 155,6 bilhões de unidades, 33,6% acima do mesmo período do ano anterior. As importações do período somam US$ 93,6 bilhões. Para comparação, as importações de chips no primeiro trimestre de 2020 e de 2019 somaram, respectivamente, 116,1 bilhões de unidades no valor de US$72,1 bilhões e 87,6 bilhões de unidade, no valor de US$ 65,2 bilhões. (Franco Tanio)

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