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Da inteligência de dados à inteligência de negócios: computação cognitiva para resolver problemas reais

Hoje em dia o celular já não serve somente para fazer chamadas, virou um assistente pessoal. O avanço de alto-falantes inteligentes, chips de automóveis e redes sociais nos mostram o quanto somos dependentes da tecnologia. Ainda que a ficção tenha de certa forma distorcido nossa ideia sobre a Inteligência Artificial (IA), hoje, vemos que ela ajuda os radiologistas a detectar o câncer, apoia o judiciário na revisão de centenas de páginas na busca de precedentes e na proposição de sentenças em poucos minutos, além de otimizar a identificação de portfólios ideais para bancos ou fundos de investimentos.

No entanto, vemos que o mercado brasileiro ainda é muito dependente do empirismo para basear tomadas de decisão. Com exceção do setor financeiro, este sempre na vanguarda da Transformação Digital, vemos os demais setores ainda engatinharem no uso da tecnologia para fomentar suas estratégias de negócios. Atualmente, o Brasil está na 38ª posição entre 62 países no Global Al Index, índice mundial elaborado pela área de Inteligência da Tortoise Media para avaliar os níveis de investimento, inovação e implementação de IA. Sem surpresas, os Estados Unidos ocupam o 1° lugar e, em seguida, aparecem China, Reino Unido, Canadá e Coreia do Sul.

É preciso que a inovação seja dinâmica e que tecnologias e frameworks permitam ao negócio mudar de direção quantas vezes forem necessárias e medir o resultado tendo os dados disponíveis o tempo todo.

Segundo a consultoria Gartner, até 2023 cerca de 20% das organizações orçarão projetos de computação quântica, o que permitirá no futuro a execução paralela e a escalabilidade exponencial da capacidade de processamento, permitindo resolver problemas complexos de maneira extremamente eficiente.

Hoje já está mais do que provado que a capacidade da IA para solucionar os desafios das empresas e que ela agrega mais valor em menos tempo do que qualquer outro tipo de estratégia. Temos aplicações já testadas a exaustão no mercado tais como: determinação das melhores rotas para caminhões de entrega; identificação dos padrões de costura ideais para robôs de soldagem seguirem em uma linha de montagem automotiva; maximização do retorno do investimento para concessionárias, e, no setor farmacêutico, otimização da descoberta de novas substâncias e desenvolvimento de novos medicamentos.

Mesmo um pouco defasados nessa corrida tecnológica, ainda temos tempo para mudar o destino de nossas nações, para isso é fundamental fomentar um ecossistema que nutra um ambiente com condições para avançarmos para essa realidade que irá habilitar, por exemplo, todo o potencial da Industria 4.0 e das decisões baseadas puramente em dados. Assim, iremos evoluir de uma indústria de manufatura rudimentar para uma economia de dados que impulsiona as mudanças tecnológicas e a adaptação à nova realidade da IA.(

(*) O autor é diretor de Vendas da Fujitsu do Brasil.

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