Metal Mecânica

MECÂNICA 2018: Presidente da Abimei defende redução das alíquotas de importação para bens de capital

Proteger o mercado interno para poucos grupos que não querem investir em pesquisa, tecnologia e inovação e sair da zona de conforto foi o caminho que levou o Brasil à situação atual de desindustrialização. Foi este o argumento principal do presidente da Abimei, Paulo Castelo Branco em seu discurso durante a abertura da 32ª Mecânica Manufacturing Experience, feira do setor no dia 24 de abril, em São Paulo (SP).

O dirigente citou a carência de alta tecnologia que afeta a indústria nacional e disse que isso só será sanado com o incentivo ao investimento em bens de capital na área industrial via a redução das alíquotas de imposto de importação, tanto para compra de máquinas quanto para aquisição de componentes para montagem e complemento das máquinas fabricadas no Brasil.

“Hoje o Brasil só exporta em alta escala bens primários de baixo valor agregado, como acontecia 100 anos atrás, e isso acontece para contentar uma minoria que não quer sair da zona de conforto e não pensa no nosso futuro e no das próximas gerações”, discursou o presidente da Abimei.

Para o dirigente, deve-se pensar rapidamente em uma maior abertura de mercado, fazendo joint-ventures tecnológicas e sociedades empresariais com fabricantes de máquinas de países europeus, americanos, asiáticos, entre outros, que sejam detentores de alta tecnologia para serem produzidas e montadas aqui no Brasil. “Assim nos tornaremos um polo de exportação para as Américas e possivelmente para o México, gerando empregos aqui no país e deixando de importar produtos manufaturados acabados para suprir nossa demanda, o que exporta o nosso emprego”, observou Castelo Branco.

“Imaginem como seria o mercado automotivo no Brasil se não tivessem sido incentivadas as montadoras estrangeiras a se instalarem no Brasil, num primeiro momento na década de 1950 e depois após os anos 1990. Hoje temos 16 montadoras multinacionais no país nenhuma delas é brasileira. Ainda assim o setor é responsável por grande parte do PIB brasileiro pela atuação de sua cadeia direta e indireta”, conclui. Mais informações sobre a feira: www.mecanica.com.br

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