Eletrônica e Informática

Resíduos orgânicos geram biogás para produção de energia elétrica com capacidade para abastecer 120 casas

Na região dos Campos Gerais, no Paraná, uma parceria entre a Vapza, companhia especializada em alimentos cozidos no vapor e embalados a vácuo, e a Cooperativa Castrolanda permite utilizar resíduos orgânicos da produção industrial para gerar biogás destinado à energia elétrica. A energia gerada no processo consegue abastecer o equivalente a demanda elétrica de 120 casas ao mês com o reaproveitamento de 100 toneladas de resíduo industrial.

“A parceria surgiu a partir da busca por novas alternativas de destinação de resíduos e encontramos no biodigestor a melhor escolha, pois ele é considerado a forma mais limpa e sustentável de destinação de resíduos orgânicos, sendo a única com pegada de carbono negativa”, comenta o CEO da Vapza, Enrico Milani.

A energia é direcionada para a Cooperativa de Geração Compartilhada de Energia Elétrica (Cogecom), responsável por receber o insumo também de outras usinas que atuam de forma renovável e direcionar aos clientes que acessam os créditos em suas faturas.

O biogás gerado é constituído principalmente por metano, gás carbônico e sulfeto de hidrogênio. O sulfeto, por ser um elemento corrosivo, precisa ser removido e, por isso, o biogás passa por um tratamento com filtros de carvão ativado. Na sequência, o biogás já tratado alimenta os motogeradores a combustão, que utilizam o metano proveniente desse processo para a geração de energia.

O coordenador de Energias Renováveis da Castrolanda, Gilvan Plodowski, explica que o biodigestor da unidade industrial da cooperativa tem capacidade para recebimento de resíduos de terceiros, viabilizando a parceira com a Vapza. “O mais interessante é que se trata de um modelo de tratamento de resíduos que é circular, ou seja, nada se perde. O resíduo recebido passa por fermentação e gera biogás, que é convertido em energia elétrica. Já o material fermentado vira biofertilizante que é aplicado nas lavouras dos cooperados”, explica.

O biogás tem ganhado espaço no Brasil como fonte limpa de energia. Segundo dados do CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás), em 2021, o país produziu 2,35 bilhões de Nm³ (metro cúbico normal) do composto e chegou a 755 plantas em operação. De acordo com a entidade, o aumento na produção foi de 10% em comparação com o ano anterior.

A parceria foi iniciada em julho deste ano a partir da destinação de resíduos orgânicos da Vapza. Para ser inserido no biodigestor da Castrolanda, o composto é homogeneizado e dosado de forma contínua. No equipamento, ocorre um processo biológico de decomposição anaeróbia da matéria orgânica, gerando biogás e biofertilizante. (foto/divulgação)

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