Eletrônica e Informática

Satisfação com emprego atual é alta no Brasil, mas volta ao trabalho presencial preocupa

Trabalhadores mexicanos (71%) e brasileiros (79%) estão satisfeitos com seus empregos atuais, situação que aumentou com o trabalho remoto. A grande maioria (8 em cada 10, em ambos os países) não quer mudar de emprego dentro do próximo ano – número considerável quando olhamos para o cenário recente da grande demissão nos EUA, tendência global que vem resultando na demissão voluntária de milhões de trabalhadores que se diziam insatisfeitos com seu trabalho.

Os dados são da pesquisa O Novo Mundo do Trabalho encomendada pela ServiceNow e realizada pela área de Data & Intelligence da Edelman América Latina em março de 2022, com 1500 pessoas que trabalham em escritórios no Brasil e no México.

Em ambos os países, sete a cada 10 funcionários de escritório estão trabalhando de casa por pelo menos dois dias por semana. Para 61% dos brasileiros, o home office melhorou satisfação com o trabalho, e para 88% sua produtividade está igual ou melhor do que no escritório físico. No México, são 59% e 91%, respectivamente.

“Os resultados desta pesquisa oferecem um recorte no espaço de experiência do funcionário, que está se tornando cada vez mais importante para empregadores e KOLs em meio à volatilidade do mercado de trabalho no Brasil e globalmente”, afirma Katia Ortiz, country manager da ServiceNow no Brasil.

RETORNO AO ESCRITÓRIO  – Enquanto 82% dos entrevistados consideram que seu empregador está preparado para o retorno ao escritório, apenas 33% dos funcionários de escritório se sentem completamente à vontade para voltar ao trabalho no local imediatamente. Mais da metade (66%) dos brasileiros sente ansiedade em voltar ao trabalho presencial. No México, apesar de 79% afirmarem que consideram que sua empresa esteja preparada para o retorno ao trabalho presencial, apenas 32% se consideram preparados para o retorno.

O levantamento revela ainda uma série de tendências que devem influenciar o futuro modo de vida do trabalhador frente ao ‘novo normal’. A tecnologia é um fator-chave de produtividade e satisfação no trabalho. As tecnologias de comunicação são as mais adotadas enquanto a satisfação é alta com aplicativos de comunicação, colaboração, RH e gerenciamento de trabalho. A adoção tecnológica varia de acordo com o setor e a satisfação com as tecnologias varia de acordo com a faixa etária.

Apesar de a maioria dos trabalhadores de escritório achar que seu trabalho é significativo, apenas metade do tempo é gasto com tarefas importantes. Segundo a pesquisa, o brasileiro dedica 48% e o mexicano compromete 40% do seu tempo a tarefas de rotina como lidar com TI ou problemas de internet e acessar dados de RH, ou até mesmo serviços manuais que poderiam ser digitalizados. São sete horas por semana gastas com isso no Brasil, e 5 no México. Reduzir essas tarefas tem impacto positivo em sua produtividade e satisfação para 85% dos entrevistados no Brasil, e para 90% no México.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – Outro dado que une Brasil é México é a utilização de Inteligência Artificial (IA) no trabalho. Enquanto quase todo brasileiro (95%) espera que a tecnologia ajude a reduzir trabalhos operacionais no futuro (no México são 81%), há baixa adoção de tecnologias de IA, pois apenas 24% dos trabalhadores já utilizam IA no trabalho (18% no México), mostrando o potencial para que a tecnologia aumente sua influência e ganhe espaço nos escritórios, nos próximos anos.

A IA é apontada como responsável por proporcionar mais tempo livre ao trabalhador (65% no Brasil, 67% no México), além de oferecer rastreamento de progresso mais efetivo e com menos erros, o que gera menos stress ao funcionário, segundo 56% (46% no México). Chatbots, tarefas de rotina automatizadas, backups de computadores e e-mails são as aplicações de IA mais utilizadas, até hoje.

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