Universidade Federal de Goiás conclui laboratório de computação de alto desempenho
A Universidade Federal de Goiás (UFG) inaugurou recentemente o Laboratório Multiusuário de Computação de Alto Desempenho, (LaMCAD), projeto que foi iniciado há quatro anos.
“Nós tínhamos um ambiente de pesquisa isolado, com cada pesquisador responsável por seu projeto e por conseguir os meios para implementá-lo na universidade, então, em 2018, tivemos um aporte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep para os primeiros desdobramentos deste cluster unificado”, explica Herbert de Castro Georg, coordenador geral do LaMCAD.
Em 2019, já com a confirmação da verba do fundo para a compra e a instalação dos “supercomputadores”, a universidade precisava de uma empresa com a expertise necessária para a implementação. A Versatus, empresa brasileira especialista em computação de alto desempenho, foi a escolhida na concorrência e deu início à primeira fase do LaMCAD, em 2020. Para Antonio Alberto Nabholz, gerente de contas para os mercados de engenharia e petróleo na Versatus, o laboratório é um dos mais completos hoje no país. “Disponibilizamos dois tipos de tecnologia diferentes: a Intel e a AMD, da nossa parceira Dell Technologies. Essa plataforma híbrida oferece aos usuários a possibilidade de uso em diversos segmentos, o que é fantástico para uma universidade com pesquisadores trabalhando nas mais diferentes frentes do conhecimento científico”, destaca.
Dessa forma, a Dell Technologies, uma das empresas fornecedoras de computação de alto desempenho do Brasil, agregou seu portfólio de hardware a esse projeto, ao lado da Versatus, a fim de proporcionar tecnologia de ponta. “Estamos falando de um cenário de congruência de informações de alta complexidade. Ou seja, há um grande volume de dados a serem processados ou de dados com muitas variáveis. O objetivo é extrair informações precisas desse conjunto”, define Raymundo Peixoto, vice-presidente sênior de Soluções para Datacenter da Dell Technologies na América Latina.
“O LaMCAD tem sido um adendo num ambiente de inovação por ser muito focado no pesquisador. É comum haver data centers que trabalhem para atingir objetivos administrativos, mas o LaMCAD une essa comunidade”, endossa Thiago Lara Vasques, gerente Técnico-Administrativo. Segundo ele, o sistema comporta uma grande quantidade de usuários, com um ordenamento realizado em filas específicas, que permite a utilização bastante ágil e completa, e para diferentes finalidades.
“O laboratório multiusuário renova a maneira como o pesquisador se relaciona com a universidade. Se antes trabalhavam de forma individualizada, cada um responsável por buscar fomentos específicos para suas pesquisas, hoje eles vêem neste laboratório um ambiente facilitador para seus estudos”, comemora Jesiel Carvalho, pró-reitor de pesquisa e inovação UFG.
E além de ser um agregador para toda a comunidade científica, o LaMCAD também oferece a oportunidade de pesquisas avançadas para projetos fora da universidade. Segundo Georg, um dos destaques é a iniciativa sobre estudos climáticos na região centro-oeste, a fim de prover o setor agropecuário com informações-chave para o negócio.
“É um projeto que tem tudo para crescer, agregando novos equipamentos e permitindo cada vez mais usuários. A estrutura hoje já é muito grande. Estamos falando de computadores que trabalham com 100% do seu limite durante toda a sua vida útil, sem nenhum tipo de descanso”, enfatiza Nabholz, gerente de Novos Projetos da Versatus.