Indústria chinesa já desafia os fabricantes de robôs industriais de marcas tradicionais
A China é o país que mais adota de robôs industriais no mundo, e a demanda global por robôs continua alta. As remessas devem crescer de aproximadamente 400.000 em 2024 para 649.000 até 2030, um crescimento anual a taxas compostas (CAGR) estável de 7,4%, de acordo com ABI Research, uma empresa global de inteligência tecnológica.
O termo genérico, robô industrial, abrange braços robóticos de alta carga útil e alta repetibilidade. Isso inclui robôs SCARA, frequentemente utilizados para tarefas de montagem, robôs delta que se destacam na coleta rápida e robôs cartesianos, que podem ser implantados para tarefas de manuseio de materiais. Robôs industriais, a espinha dorsal das economias de manufatura, continuarão a desfrutar de vendas crescentes. As receitas geradas pelas vendas de hardware de robôs industriais devem aumentar de US$ 14,7 bilhões em 2024 para US$ 22,6 bilhões até o final da década.
“As macrotendências continuarão a influenciar o mercado de robôs industriais conforme a década avança”, afirma George Chowdhury, analista da Indústria de Robótica da ABI Research. “Embora o mercado de robótica tenha crescido em 2024, uma desaceleração geral dos mercados de manufatura foi evidente. O mercado também está se tornando mais competitivo: vários líderes de mercado relataram reduções nos pedidos, pois os OEMs de robótica baseados na China começam a forçar os fabricantes tradicionais a sair de certos mercados regionais. A aceitação é ainda mais frustrada por conta dos robôs colaborativos que demonstram melhorias nas capacidades de carga útil e ASPs em declínio. Pequenos fabricantes apresentam oportunidades para OEMs de robôs industriais e colaborativos. Embora os robôs colaborativos possam oferecer vantagens de preço e facilidade de uso, a demanda pela alta repetibilidade e precisão da robótica industrial não diminuirá.”
A região Ásia Pacífico lidera em implantações de robôs industriais, respondendo por 70% das remessas globais em 2024, com a China sozinha representando quase 40%. O setor automotivo continua sendo o principal mercado, respondendo por 38% das novas remessas, seguido pela montagem eletrônica com 23%. Braços robóticos articulados, favorecidos por suas altas capacidades de carga útil na fabricação automotiva, representaram 70% de todas as remessas de robôs. Os fabricantes de robôs industriais atuais incluem Fanuc, ABB, Kuka, Yaskawa e Omron. Os fornecedores de robôs industriais chineses concorrentes incluem Siasun, Step Electric e Estun Automation.
“O cenário da robótica industrial está claramente mudando. As iniciativas de relocalização e near-shoring ainda precisam começar a sério, enquanto o influxo massivo de robôs chineses no mercado ameaça o crescimento contínuo de OEMs europeus e japoneses bem estabelecidos. A demanda por fabricação não diminuirá, mas podemos estar no meio de uma mudança de guarda quando se trata de OEMs de robôs industriais”, conclui Chowdhury.
