Investimentos em energia solar vão somar R$ 8 bilhões no Brasil até 2021
Os novos empreendimentos solares contratados nos últimos leilões de energia A-4 devem gerar investimentos de R$ 8 bilhões até 2021 e garantir 1.800 MWp de potência no Brasil. Dos 49 empreendimentos nos últimos leilões, sete deles já receberam a outorga de autorização para implantação. A previsão é que até o mês de outubro de 2018 todos já estejam com outorga liberada, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME).
Das 49 novas usinas solares, 29 foram contratadas em abril de 2018, com investimento de R$ 4,2 bilhões com os projetos solares, com previsão de entrada em operação em janeiro de 2022. Os outros 20 projetos foram firmados no final de 2017, no Leilão A-4/2017 que movimentou R$ 3,9 bilhões para início de suprimento em janeiro de 2021.
As novas usinas devem contribuir para expansão da capacidade instalada de geração do sistema elétrico brasileiro, que hoje corresponde por 1.355 MW. Só nos últimos doze meses, considerando o mês de março, a fonte passou de 9 mil usinas em 2017 para mais de 28 mil em 2018, somado à geração de energia pelos próprios consumidores. Segundo dados da Agência Nacional do Energia Elétrica (Aneel), esse número pode crescer exponencialmente se considerar a projeção total para geração distribuída, estimada para atender mais de 1,2 milhão de pessoas até 2024, equivalente a 4,5 gigawatts (GW) de potência instalada.
No edifício-sede do Ministério de Minas e Energia (MME), o sistema de geração distribuída solar fotovoltaica instalado no telhado compensa parte da eletricidade que consome através de geração própria, por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica, incentivo disponível a toda a população brasileira. Foram instalados 154 painéis solares (1,0 x 1,64 m), sem a alocação de recursos do Orçamento do Governo Federal. O investimento, estimado em R$ 400 mil, foi viabilizado pela Absolar e seus associados.
A potência de geração da mini usina é de 69 kWp (quilowatts pico), que representa por volta de 5% a 7% do consumo do edifício, que equivale ao consumo de 23 residências de uma família média brasileira (3 a 4 pessoas consumindo 300kWh/mês).
A energia que sobra (por exemplo, o que for gerado nos finais de semanas e feriados) é entregue à distribuidora de energia elétrica local e esse crédito poderá ser utilizado em até 60 meses, conforme as regras vigentes para os sistemas de geração distribuída.