Eletrônica e Informática

Produção da indústria eletroeletrônica recua 3,3% de dezembro para janeiro

A produção da indústria elétrica e eletrônica caiu 3,3% no mês de janeiro de 2023, em relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal, conforme dados do IBGE agregados pela Abinee. Com exceção do mês de dezembro, a produção do setor vem recuando desde junho do ano passado.

 

A queda verificada em janeiro deste ano resultou da redução de 3,5% da área eletrônica e do recuo de 3,2% da área elétrica. Esta foi a primeira divulgação da nova série da pesquisa industrial mensal, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas da sociedade. Essas atualizações já eram previstas e são implementadas periodicamente pelo IBGE.

 

Na comparação com janeiro de 2022, a produção do setor recuou 8,8%. Verificou-se queda de 12,6% na área eletrônica e retração de 5,5% na área elétrica.

 

Destacou-se, na área eletrônica, a forte queda de 60,3% na produção de componentes eletrônicos influenciada, principalmente, pela concessão de férias em empresas importantes que utilizam estes componentes. Notou-se também queda na produção de itens de informática e periféricos (-28,8%) e de equipamentos de comunicação (-17,8%). Por outro lado, aumentou a produção de instrumentos de medida (+34,0%) e de aparelhos de áudio e vídeo (+26,1%).

 

Na área elétrica, as maiores retrações foram na produção de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação (-17,3%), de geradores, transformadores e motores elétricos (-15,0%), equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica (-3,8%) e de outros equipamentos elétricos (-17,1%).

 

Neste último caso, estão classificados os aparelhos elétricos de alarme para proteção contra roubo ou incêndio, campainhas, sirenes, controle remoto para aparelhos eletroeletrônicos, entre outros. Ainda na área elétrica, foram observados crescimentos na produção de pilhas e baterias (+14,6%) e de eletrodomésticos (+7,3%).

 

Verifica-se uma piora da atividade, principalmente, a partir do 4º trimestre de 2022. Os empresários do setor estão muito cautelosos tanto em relação ao cenário interno quanto ao internacional.

 

No cenário interno, as principais preocupações neste momento são as incertezas em relação ao novo governo, a inflação e a elevada taxa de juros.

 

No cenário internacional existe muita apreensão em relação aos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia e também com as projeções de crescimentos mais modestos para 2023 em diversos países, especialmente nos Estados Unidos e nos países da Europa.

 

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